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Estudante de jornalismo, apaixonado por séries de tv, filmes e livros, além de cultura, música e coisas viajadas. É basicamente isso que vai ter por aqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Fallen Angel

                                                                             
O que eu mais queria agora era voltar no tempo e ver quando foi que isso mudou.  Não que eu ache tudo isso ruim, pelo contrário. É bom. É mais do que bom. É uma coisa que eu nunca havia sentido até então. Eu, 18 anos. Tão vazio e opaco por dentro quanto uma bola de boliche. Quer dizer, pelo menos era isso que eu imaginava. Até você vir em direção a mim, com seus olhos de navegante e me soltar uma única frase, que pôs em cheque tudo o que eu próprio dizia a respeito de mim. Meu egoísmo e habitual desprezo se travestiram em uma compaixão e uma dor absurda. Doeu mais do que mil agulhas perfurando o meu corpo.

Impotência e autoflagelação se unem dentro de mim em um misto horrível de sentimentos. Eu olho para os lados e termino por cruzar os braços novamente. Lágrimas quentes escorrem pelo canto do meu rosto e molham o chão. Uma chuva fina começa a cair. Vês, meu amor? Até os céus estão tristes. Ajoelho-me e deixo a calmaria se abater sobre mim. Ela me toma em seus braços e me leva até os lados mais profundos de minha mente. E lá eu encontro você. Destroçado. Despedaçado. Como um anjo caído. Não se preocupe, você não precisa temer. Te coloco no meu colo e te levo para longe dali. 

Flashes me invadem. Chuva, sol. Frio, calor. Não importa. Eu não solto da sua mão. É um filme de assombração. Eles não vão nos vencer, meu amor. Prometo isso a você. Forças brotam do meu interior. E então nós avançamos, nós superamos isso. Você me disse que não deixaria que eu tomasse sua dor para mim. Pois bem, a questão é que você não tem escolha. Há muito tempo você não tem escolha. Afinal de contas, quando seus problemas parecem ínfimos perto daqueles de quem você ama desenfreadamente, o resto do mundo é praticamente reduzido a nada.


[Nota: Sei que eu dei uma sumida daqui, mas vou parar com a vadiagem. Prometo.]

3 comentários:

M.F. disse...

Muito bom :) já disse no msn e digo de novo aqui, rs. Espero que você volte com o blog mesmo, hunf. <3

Dani disse...

Profundidade. Cuidado com ela. A menos que não seja depositada nenhuma expectativa no outro. Se não a profundidade pode nos levar para um abismo tão fundo, incapaz de propagar nossos gritos por falta de oxigênio. *a otimista -q* ÊÊ, tô de brinks mesmo rs. Gostei do texto Alê, bem bonito :)

Monny. disse...

eu adorei a postagem mesmo. *-*