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Estudante de jornalismo, apaixonado por séries de tv, filmes e livros, além de cultura, música e coisas viajadas. É basicamente isso que vai ter por aqui.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Visceral.

Parece que você adora brincar comigo. É a única explicação que eu vejo. Afinal, qual o motivo de tamanha simpatia repentina? Hoje, absurdamente hoje. Dentre milhões de dias, hoje você me aparece. Hoje que estou tão cansado. Estou cansado desse mundo. Cansado dessa vida. Cansado desses sentimentos que nada me arrancam além de geladas lágrimas. E então você aparece para que tudo fique mais bagunçado. Eu estava feliz. Não satisfeito. Não completo. Não intacto. Mas feliz. E eu, mais uma vez, não consigo te ignorar... Parece que você sabe o poder que exerce sobre mim. É a única explicação. Vá embora, eu não aguento mais.

Cansei não só de você. O que eu queria era deixar de ter medo. Queria voltar minha vida do início e fazer tudo diferente. Queria chorar menos. Queria me envolver menos. Queria ir embora para Marte. Queria poder gritar para todos o que sou e o que sinto. Vivo nas sombras e isso está me cansando. A dor visceral é tanta que me sufoca. Queria saber que tudo vai ficar bem. Sinto frio e não me importo com a chuva. Talvez ela seja como uma armadura e vá me proteger. Queria braços aqui, do meu lado. Me dizendo que tudo vai ficar bem. Mas eles estão tão longe que me dói até fazer o esforço de formar essa frase...

Queria mudar o mundo... Mas como vou fazer isso se o medo me atormenta a cada madrugada?

"Eu queria tolerância. Eu queria que todo mundo deixasse os outros em paz, independente de suas crenças religiosas, independente de suas afiliações políticas. Eu queria que as pessoas gostassem das outras."
(Donald Miller)

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