Quem sou eu

Minha foto
Estudante de jornalismo, apaixonado por séries de tv, filmes e livros, além de cultura, música e coisas viajadas. É basicamente isso que vai ter por aqui.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

-


Era uma vez um menino que era cheio de certezas e queria dominar o mundo. 

Tinha sonhos, planos, alicerces, refúgio.

Vida. Tempo. Contagens. Por mais que estivesse dentro de uma bolha (na qual ele próprio, sem saber, se colocou), estava bem com aquilo. Ou, como ele chegaria a conclusão anos depois, estava bem com o que aquilo lhe trazia.

Era mais um no meio de tantos. Mais um normal. Mais um atomizado. Mais um ditado.

E então seu castelo ruiu.

Seu alicerce rachou.

A bolha estourou.

O dia se fez noite. (Ou a noite se fez dia?)

Não tem mais refúgio. O que outrora servia de alento, hoje é tortura. O que trazia paz, hoje incomoda. Os antigos heróis se converteram em rostos distorcidos e vozes que já não falam e, quando falam, são dissonantes.

Tem ideais, não mais sonhos.

Tem castelos de areia, não alicerces.

O menino só tem uma certeza: a de que não tem mais nenhuma certeza.