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Estudante de jornalismo, apaixonado por séries de tv, filmes e livros, além de cultura, música e coisas viajadas. É basicamente isso que vai ter por aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Psicose

A luz do sol entrou pelas frestas do meu quarto sujo e fétido, obrigando-me a levantar. Inspirei o ar, mas foi como se o mesmo não chegasse as minhas narinas e estancasse no meio do caminho. O mundo que meus olhos captaram transmitia uma frieza e uma quietude angustiantes. O cinza das paredes misturava-se com o tom amargo que minha vida adquirira aos poucos.

Ainda sentado, observei uma borboleta entrar pela janela aberta. Parecia ser composta, pura e completamente, de tons escuros. Sem que o inseto percebesse, fechei-o em minha mão e esmaguei, reunindo toda força que ainda habitava em mim.

Assim como o coração de um apaixonado precisa de beijos e gestos de amor para continuar batendo, meu coração precisava da dor da perda para continuar a existir. Precisava dela para lembrar-me de minhas metas. Precisava que ela, todo dia, me mostrasse o motivo de ter tomado um caminho tão negro e depressivo. No fundo, eu aprendera a conviver com o sentimento angustiante. Meu coração era, por inteiro, um grande átrio cinza. De tons irreversíveis.

5 comentários:

Matheus disse...

Psicose descrita de uma forma sutil. :) Trecho adorável, escrita foda...

Alexandre disse...

Obrigado, dude :) Sério.

Luiz Paulo disse...

Amei demais, escrita perfeita, e adorei como descreveu e comparou a psicose.

M.F. disse...

Trecho adorável [2]
Sempre que leio isso termino com pena da borboleta, hahaha. Blog novo, lover? Linkarei :) Bjs, bjs.

Alexandre disse...

Luiz, valeu cara :)

Isa, deixe de dizer essas coisas que eu choro, tu sabe HUAHUSHUAHUSHUAS obrigado, sweet.

Má, lover, HAUSHUA tbm tenho pena da borboleta, comoselida? E sim, blog novo. Esse é pra minhas aleatoriedades, bjs. :D